Com a chegada do inverno e das chuvas, aumentam os casos de rinite e sinusite, alerta especialista

Com a chegada do inverno e o aumento das chuvas em diversas regiões, especialistas alertam para a elevação nos casos de rinite e sinusite. As variações climáticas típicas desse período, aliadas à umidade elevada, contribuem para o aumento da incidência de doenças respiratórias, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com histórico de alergias.

O médico Otorrinolaringologista e cirurgião de cabeça e pescoço Cleydson Lucena, explica que esse cenário cria um ambiente propício à proliferação de ácaros, fungos e outros agentes irritantes, responsáveis por desencadear crises alérgicas e inflamatórias nas vias respiratórias. “O clima mais úmido favorece o acúmulo de mofo e poeira em ambientes fechados, o que acaba prejudicando pessoas com predisposição à rinite alérgica e sinusite. É importante manter os ambientes ventilados e realizar uma limpeza frequente, especialmente em roupas de cama, estofados e cortinas”, orienta o médico.

Segundo Cleydson, a rinite alérgica, caracterizada por espirros frequentes, coriza, obstrução nasal e coceira, muitas vezes antecede quadros de sinusite, que ocorrem quando há inflamação dos seios da face. Em períodos chuvosos, é comum que os sintomas se agravem devido à exposição contínua a agentes alérgenos e à maior incidência de infecções respiratórias. “Também temos mais um agravante no mês de junho, que é a cultura de acender fogueiras, no nordeste. A fumaça piora ainda mais o cenário para quem sofre com esses problemas”, explica.

O médico também chama atenção para a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado: “Muitas pessoas confundem os sintomas com resfriados comuns e acabam negligenciando o tratamento. No entanto, quando não tratadas corretamente, essas condições podem evoluir para quadros crônicos e mais difíceis de controlar”, destaca.

Entre as recomendações do especialista para prevenir crises durante o inverno, estão o uso de umidificadores com moderação, evitar o contato com fumaça, manter uma boa hidratação e, se necessário, buscar orientação médica para o uso de medicamentos antialérgicos ou corticosteroides tópicos.